| Blog 
                 O Comentário da Semana por José 
                Pedro Calheiros | 
             
           
          
          3 
            Março 2011 
            Amo-te 
            Teresa  
           
            
               
                |   Um 
                    Diogo Morgado novinho, mas não tanto como fazia parecer, 
                    e uma Ana Padrão charmosa, muita mais do que fazia 
                    parecer, protagonizaram há mais de uma década 
                    um queiroziano par amoroso de um dos mais lembrados telefilmes 
                    da SIC. Uma das imagens de marca do filme é a legenda 
                    Amo-te Teresa escrita a vermelho na parede da Igreja. A população 
                    ficou chocada por tal ato. E logo na Igreja. Provocador ? 
                    Claro ! Não acredito que tenha visto o filme, o energúmeno 
                    que em Peniche entrou na escola e escreveu palavrões 
                    misturados com declarações de amor, assinadas 
                    por baixo. Apenas vandalizou a escola e foi apanhado. Foi 
                    julgado e condenado a limpar aquilo tudo e a cumprir uma pena 
                    de trabalho comunitário. Tudo isto não foi notícia. 
                    Nada tinha fugido à normalidade.  | 
                 
                   | 
               
             
             
            Quem fugiu ao trabalho foi o condenado, que se baldou a fazer o que 
            lhe tinha sido imposto de forma educativa, julgando escapar impunemente. 
            Não aconteceu. Não fez o trabalho, foi multado. Não 
            tinha dinheiro e a família era muito pobre para pagar a multa, 
            foi preso. Uma amiga da família pagou a multa, foi libertado. 
            Agora foi notícia. Infelizmente, quase que se mostrou que tinha 
            sido uma injustiça prender um menino por ter escrito uma declaração 
            de amor. Nada disso, o apaixonado dos palavrões é a 
            apenas uma face visível e mal castigada de um cancro que alastra 
            impunemente nas nossas cidades sorvendo milhões de euros em 
            prejuízos e causando um ambiente visual urbano intolerável. 
            Em prol de difusos direitos de expressão, muito mal explicados, 
            continua-se a consentir que se borrem paredes, monumentos e transportes, 
            não sem culpa de alguns meios partidários que em certa 
            áreas defendem uma elevação moral em relação 
            ao património, ao ambiente e à qualidade de vida. Exigem-se 
            espaços urbanos livres de escritos. E aí será 
            mais bonito amar todas as teresas do mundo. 
             
             
            Comentários 
             
             
              
        
         
          
            
             
            SISTEMAS DE AR LIVRE 
            Av.Manuel Maria Portela 40 1ºEsq  2900-478 Setúbal 
            Portugal 
            Telf +(351) 265.227.685     Fax +(351) 265.221.334 
            E-mail sal@sal.pt   Internet Web Site http://www.sal.pt 
            Alvará EAT 28/2003 Turismo de Portugal. NIF 503 634 379. 
            SAL é uma marca registada. Todos os direitos reservados. 
          |