| Blog 
                 O Comentário da Semana por José 
                Pedro Calheiros | 
             
           
          
          16 
            Dezembro 2010 
            Por 
            um punhado de açúcar 
           
            
               
                |   Quando 
                    Alexandre o Grande trouxe o segredo do “sal indiano” 
                    daquelas terras do oriente e mais tarde os árabes se 
                    encarregaram de o difundir para todo o ocidente, tinha começado 
                    a era do açúcar, onde se conseguiu ter mais 
                    doçura sem necessitarmos do trabalho das abelhas. Produto 
                    de matéria prima de alta rentabilidade e com processos 
                    de fabrico de grande escala, conseguiu, de forma geral, chegar 
                    refinado ao consumidor final a preços bastantes baixos. 
                    Mas tudo está a mudar e eis que quando temos quase 
                    tudo ao nosso dispor, na ponta dos dedos, na maior das tecnologias, 
                    nas promessas de super eficiência, eis que nos falta 
                    o quê ? O açúcar. Pasme-se, o açúcar, 
                    que durante séculos se produziu em grandes quantidades 
                    onde ? No sul da Península Ibérica e que hoje 
                    foi arredado para os confins do planeta. Os 
                    contratempos dos “mercados” deram origem a esta 
                    corrida ao pó branco, havendo hoje pessoas com 50Kg, 
                    100Kg e até ouvimos uma pessoa que conseguiu armazenar 
                    em casa 200Kg pois percorreu várias lojas no dia em 
                    que ouviu a notícia.Felizmente o açúcar 
                    é um produto (dos poucos) que não tem prazo 
                    de validade.   | 
                 
                   | 
               
             
             
            Claro que este assunto foi a alegria dos jornalistas, que abriram 
            noticiários e capas de jornais com tal situação 
            e criou motivo de conversa, sabendo toda a gente que aí vinham 
            mais canas e, digamos, não mais se tratou de que um simulacro 
            de escassez alimentar com um bem de necessidade não fundamental. 
            Mostrou o quanto dependemos do exterior a nível alimentar. 
            E esta é uma questão de estratégia política. 
            Esta é a questão de estratégia política. 
            Esta é a acusação que tem de ser feita a quem 
            tem tido o poder de decidir em Portugal nos últimos 30 anos. 
            Poderá chegar o dia em que não vão chegar os 
            cereais e como a reserva portuguesa só dá para três 
            dias, após uma semana não teremos farinhas, arroz, café, 
            pão, massas, bolachas e toda a fileira. Esperemos continuar 
            a ter telemóveis ligados à internet, sempre poderemos 
            tomar um pequeno almoço virtual. Um bom contributo no combate 
            à obesidade.  
             
             
            Comentários 
            16 
            Dezembro 2010 - João Quaresma 
            Só em Portugal é que existe uma crise de abastecimento 
            de açúcar, alegadamente devido aos "mercados" 
            internacionais, logo nesta altura do ano em que o consumo é 
            maior, e com a consequente especulação de preços. 
            Se consultarmos a imprensa europeia, vemos que não existe qualquer 
            problema em nenhum outro país. O mais que vemos são 
            notícias sobre esta situação em Portugal que 
            é inexplicável pelas razões de mercado apontadas. 
             
            
             
             
        
        
            
             
            SISTEMAS DE AR LIVRE 
            Av.Manuel Maria Portela 40 1ºEsq  2900-478 Setúbal 
            Portugal 
            Telf +(351) 265.227.685     Fax +(351) 265.221.334 
            E-mail sal@sal.pt   Internet Web Site http://www.sal.pt 
            Alvará EAT 28/2003 Turismo de Portugal. NIF 503 634 379. 
            SAL é uma marca registada. Todos os direitos reservados. 
          |