|   O 
                    mês de Maio de 2010 foi extraordinário no nosso 
                    país. Voltou a crise em força, o papa veio cá, 
                    o Benfica foi campeão, o casamento gay foi aprovado, 
                    os impostos subiram, a chuva não para. Mas o que é 
                    tudo isso em relação ao fantástico caso 
                    que veio de Trás os Montes. Depois de celebrizada pelas 
                    Mães de Bragança, eis que a região nos 
                    brinda com um presente de Mirandela, terra que até 
                    agora era apenas conhecida pelas célebres alheiras. 
                    Aquele território pode não ser o fim do mundo, 
                    mas realmente tem coisas do outro mundo. A notícia 
                    todos sabemos, que a professora de música posou nua 
                    para a Playboy. Fez bem, mostrando assim que em Mirandela 
                    há mulheres boas, boas, mas mesmo boas. Ficaram assim 
                    cheios de inveja os habitantes de Ermesinde (piada by Gatos). 
                    E acabou com o mito de que em Mirandela só teríamos 
                    mulheres de bigode que passam o dia a encher alheiras. Nada 
                    disso, esta é professora. Professora, mas não 
                    uma mestra qualquer, pois o seu ensino é a música, 
                    o que torna tudo ainda mais subtil. Quase romântico. 
                    Mas deixemo-nos de tretas. O que aqui interessa são 
                    os altos interesses da criança. Há direitos 
                    fundamentais que têm de ser respeitados, valores que 
                    têm de ser seguidos, normas de conduta social que devem 
                    ser cumpridas. Enviar Bruna Real para o arquivo, privando 
                    os seus alunos do seu contacto pessoal é de uma agressão 
                    inqualificável. É a primazia de um poder cego 
                    e discricionário sobre vítimas inocentes e indefesas. 
                    Pobres criancinhas, sempre a sofrerem.  | 
                 
                   
                      
                      foto 
                      João Manuel Ribeiro  
                    |