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                 O Comentário da Semana por José 
                Pedro Calheiros | 
             
           
          
          23 
            Setembro 2009 
            A interminável fila dos livros escolares 
           
            
               
                |   Há 
                    cerca de 25 anos atrás, Portugal era um país 
                    diferente e por esta altura do ano lá estava o meu 
                    pai e eu na fila da livraria a comprar os internamente esgotados 
                    livros escolares. Hoje passei pela mesma livraria e a fila 
                    era a mesma. Eu e o meu pai não estavamos lá, 
                    mas provavelmente estaria um ou outro pai, que era filho naquela 
                    altura. Nada mudou ! Mentira, os preços mudaram e muito. 
                    As notícias contam que um livro escolar chega ao público 
                    por 5 a 6 vezes mais do seu custo de produção. 
                    Não são romances, nem histórias da carochinha. 
                    São livros de estudo, livros da escola, ferramentas 
                    essenciais ao ensino. O tal ensino universal, gratuito e obrigatório. 
                    A mudança impõe-se. A reforma é simples, 
                    ameaçando e devendo destruir uma cadeia de negócio 
                    absolutamente intolerável. Os autores dos livros escolares 
                    devem ter os seus direitos e remunerações garantidos 
                    pelo Estado, com o dinheiro dos nossos impostos sim !   | 
                  | 
               
             
            Devem 
            ser escrutinados em concurso público, devem ser bem pagos e 
            premiados os trabalhos de excelência. Quanto aos conteúdos 
            devem ter direitos completamente livres, estarem disponíveis 
            em formatos digitais em plataformas web do governo, podendo ser descarregados 
            para os computadores dos alunos e das escolas. Os livros que forem 
            essenciais serem impressos que o sejam sobre controlo apertado do 
            estado, recompensando de forma justa as gráficas vencedoras, 
            atribuindo margens comerciais definidas. A cadeia de distribuição 
            e venda seja exclusiva das escolas, responsabilizando os seus reponsáveis 
            pelos modelos de recuperação e reutilização 
            de livros usados. Utilizar papel que tenha as mais altas capacidades 
            de poupança de energia e de recursos e que seja o mais leve 
            possível aliviando o carrego dos condenados alunos a provas 
            de trabalhos forçados. E por fim uma medida da mais elementar 
            justiça: O fim dos TPC (trabalhos para casa). Todo o trabalho 
            deve ser feito na escola. Fora dela o tempo é de outras actividades, 
            de desporto, de lazer, da família, de não fazer nada, 
            de pensar. Pode parecer utopia, mas com estas medidas acabaria a tal 
            interminável fila e os orçamentos familiares estariam 
            muito aliviados. Esta foi a minha acção de campanha 
            eleitoral. E foi única ! 
             
             
             Comentários 
            23 
            Setembro 2009 - Fernando C. 
            Eu voto José Pedro Calheiros! 
            Parabéns pela análise. Revejo-me no comentário, 
            na nostalgia de outros tempos e na esperança do futuro desejado 
            ... será possivel? 
             
            23 
            Setembro 2009 - Rui Pereira 
            “Este ano lá em casa recorremos ás novas tecnologias 
            e encomendámos via internet os manuais escolares. Tem um desconto 
            no preço e evita as deslocações á livraria 
            a perguntar se os livros já chegaram. Por um lado a generalização 
            massiva desta solução traria o risco de as livrarias 
            deixarem de vender este tipo de livros, e até poderíamos 
            concluir que provocávamos redução dos postos 
            de trabalho que sobreviviam á custa da nossa sobrecarga financeira, 
            e no fim o desconto das editoras na encomenda online até poderia 
            desaparecer. Por outro lado considero que os manuais escolares nunca 
            deveriam ser objecto de negócio! Concordaria que a minha contribuição 
            em impostos servisse para a disponibilização gratuita 
            dos manuais escolares pelas escolas a título de empréstimo 
            aos alunos, que teriam que se responsabilizar pela manutenção 
            em bom estado desses manuais continuando os mesmos propriedade das 
            escolas, mantendo-se também sempre os mesmos manuais a não 
            ser nalguma reformulação de fundo da matéria 
            programática dessa disciplina, permitindo a reutilização 
            por vários anos e alunos. Considero que este governo tem feito 
            muito pelo nosso sistema de ensino e este seria um próximo 
            passo que gostaria de ver no futuro.Não será fácil, 
            pois será mais outro grande lobby que o governo terá 
            que afrontar, o das editoras.” 
             
            24 Setembro - Fernanda Bandeira 
            Bom dia !!! Equipa Maravilha !!! Aprecio 
            e muito ! como sabem, todo o vosso trabalho ! Mas o “comentário 
            da semana” desta vez sensibilizou-me imenso ! Parabéns 
            EXCELENTE  
          
         
          
            
             
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