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22
Maio 2009
Comentário
da Semana "Abriu a época dos decotes. Viva ! "
José Pedro Calheiros
| Se
há coisas verdadeiramente fantásticas nesta vida,
os decotes são uma delas. Trata-se da possibilidade de
vislumbramento, mais ou menos evidente, de parte do corpo, que
beneficia de forma evidente o olhar do vislumbrador e o ego da
vislumbrada. Tenho que utilizar o género no feminino, pois
parece-me em bom rigor que tal atributo de indumentária
só se aplica a este sector. Há obviamente a possibilidade
masculina da camisa aberta até ao quarto botão ou
a blusa de cavas que deixa mostrar peito (com ou sem cabelos)
e muitas das vezes um fio com uma cruz e uma figa. Mas estes não
são para aqui chamados. |
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Os decotes
são verdadeiramente um mundo ao nível da forma, do tipo,
da profundidade, da transparência e da volatilidade. É
o decote que define verdadeiramente o local para onde os olhares do
interlocutor devem cair. Sim, porque os decotes foram feitos para serem
vistos, mirados, admirados e, alguns deles, comentados. Quem usa um
decote quer tudo isto e conforme o seu grau de exigência estética,
escolhe-o de acordo com diversos padrões. É verdade que
os gostos apreciativos da esculturalidade humana podem-se distribuir
por outras partes do corpo, mas a ninguém passa despercebido
o que, mais ou menos esclarecedoramente, espreita de dentro de um decote.
Com o aproximar do tempo mais quente, embora timidamente, a época
dos decotes está a chegar. O que parece ser muito agradável
e verdadeiramente entusiasmante. Não os perca de vista.
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