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          Janeiro 2009 
          Comentário 
          da Semana "A crise que veio do frio" 
          José Pedro Calheiros 
        
           
            | Atribuída 
              ao lendário Esopo, o Grego, e recriada por Jean de La Fontaine 
              a fábula da Cigarra e da Formiga é magistralmente 
              reescrita por Bocage no século XVIII. Certo é que 
              o frio que me refiro no título deste comentário não 
              é o real frio que de vez em quando assola o nosso país. 
              Em relação a esse, eu acho que é devido ao 
              aquecimento global, o que sendo um paradoxo, ajuda os defensores 
              de um certo status catastrofista. O frio de onde veio a crise tem 
              a ver com uma certa arquitectura de sociedade, que idealizada por 
              alguns de fraca visão, mas de enorme ganância, criou 
              uma cortina de gelo em todas as relações interpessoais, 
              pondo o frio valor do dinheiro como forma pessoal de poder. | 
              | 
           
         
        Mas o dinheiro 
        é uma forma democrática e respeitada de distribuir riqueza 
        e esta tem a ver com o aumento do estado de felicidade das pessoas (veja-se 
        o exemplo do Bhutão). Hoje temos em Portugal banqueiros na prisão 
        e outros indiciados. Temos políticos não respeitados e não 
        credíveis. Há muitos ricos que passaram a menos ricos e 
        ricos virtuais que passaram a ricos banais e até, muitos, que de 
        ricos passaram a pobres, pois alteraram drasticamente o seu estatuto social 
        regular. Mas a sabedoria das "formigas" face às cantorias 
        das "cigarras" não tem a ver com os extractos bancários, 
        ou dinheiro debaixo do colchão ou os investimentos pessoais e empresariais. 
        Tem a ver sim com a dita sabedoria da poupança. Com o amealhar 
        do "Verão" para o frio do "Inverno", que tal 
        como as reais estações do ano são ciclicamente inevitáveis. 
        Os ricos sábios continuarão ricos, os menos-ricos sábios 
        estarão mais ricos que os menos-ricos estarolas e, finalmente, 
        os pobres sábios começam a distanciar-se dos pobres que 
        se armaram em ricos, embora apenas eles próprios tenham julgado 
        isso. Para 2009 haverá mais desemprego, dinheiro mais barato, combustíveis 
        mais baratos, comida mais barata, mais contenção nas despesas 
        e portanto mais disponibilidade financeira para quem tiver trabalho. Obviamente 
        haverá aumento de impostos (talvez não em 2009 por causa 
        das eleições, mas será em 2010) para nos mantermos 
        solidários entre quem tem emprego e quem não tem. Mas uma 
        verdade fica clara, por muito tempo acabam-se as "cantorias de cigarra" 
        e o "formigueiro" tem mesmo de trabalhar. Antes assim. 
         
         
         
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