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      11 
          Setembro 2008 
          Comentário 
          da Semana "Uma história simples" 
          José Pedro Calheiros  
        
           
            | Uma 
              loja de bijuterias e artigos femininos no Bairro Alto, em Lisboa. 
              Um pequeno negócio de uma mulher franzina de 45 anos, que 
              mudou de vida, depois de andar pela promoção farmacêutica 
              e ter ficado depressiva pela competição desenfreada. 
              Dia 31 de Outubro, ao final da manhã, a loja tem uma cliente 
              que compra alguns artigos dispendiosos. Na loja está também 
              um homem de trinta anos, que observa com atenção os 
              brincos. Ele tem um aspecto normal, tipo atlético, vestido 
              informalmente. Depois da cliente sair, escolhe uns brincos, dirige-se 
              ao balcão e enceta conversa. Falam dos males do mundo, do 
              desemprego, das dificuldades, dos filhos (dela, pois ele afirma 
              não ter). Paga os dois euros dos brincos e guarda-os juntamente 
              com o talão da máquina.  | 
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         Quando a 
        dona da loja ia dizer "obrigada", ele retira os óculos 
        escuros, olha-a fixamente com os seus olhos azul metálico e diz 
        "Não lhe quero fazer mal, nem aos seus filhos, mas quero que 
        me passe todo o dinheiro que aí tem. Não esqueça 
        os quase quinhentos euros da anterior cliente". A senhora sorri e 
        imediatamente gela. Ele olha-a fixamente e diz baixinho "Rápido!". 
        Ela dá-lhe quase seiscentos euros. Ele sai calmamente, avança 
        um quarteirão e entra num café. A dona da loja recupera 
        o fôlego e vem à rua, vendo-o entrar no café. Avisa 
        o vizinho do talho. Chamam a polícia que chega seis minutos depois 
        e entram no café. Identificam o homem atlético - é 
        representante de uma marca de perfumes - e estava em pleno namoro com 
        uma rapariga um pouco mais nova. Ela está encantada com os brincos 
        hallowen que ele lhe ofereceu. Ele mostra-se espantado e afirma ser um 
        equívoco. Afirma ter estado na loja a comprar uns brincos e nada 
        mais. Revistado, tem com ele cerca de 40 euros e dois cartões visa. 
        A rapariga alguns trocos. Não há testemunhas. Não 
        há armas. Não há violência. Apenas uma cidadã 
        que grita por justiça. Ele fala educadamente com os polícias 
        e pergunta se tem de ir à esquadra. Não é necessário. 
        Dois dias depois, em Leiria, a mesma rapariga recebe, ao final da manhã, 
        um ramo com três rosas, comprado na florista situada junto ao cemitério 
        local. 
         
         
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