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16
Maio 2008
Comentário
da Semana "Mas afinal quem é que é parvo ?""
José Pedro Calheiros
| Há
uns largos meses a publicidade em Portugal viu aparecer uma campanha
nonsense de uma nova cadeia de bens de consumo em que se apresentavam
quatro personagens, personificadores de verdadeiros parvos. Eu adoro
publicidade e reconhecendo que era uma campanha de baixo gosto,
não deixei de apreciar o conceito, o fio condutor e a mensagem.
A grande frase era "Eu é que não sou parvo",
pois compro aqui ao contrário dos representantes da Parvónia.
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"Pequena, mas adequada"
Azulejo sobre pequena porta, em Sintra
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Acontece que
um dos personagens era um jovem fardado, aparentemente tipo escuteiro
(ou escoteiro), coisa que fez "saltar a tampa" a um dirigente
nacional da instituição escutista (ou escotista), que numa
atitude digna de um alto dignatário da Parvónia reclamou
junto do anunciante. A marca das lojas não querendo ficar atrás,
na digníssima representação da Parvónia, retirou
da campanha o personagem juvenil. Ora estes dois actos eram francamente
evitáveis, pois saber rir de nós próprios é
uma demosntração de sabedoria e o príncipio da boa
convivência social. Além disso a palavra "Parvo"
que dizer "Pequeno" e o movimento escutista (ou escotista) trabalha
para os mais pequenos também chamados de "Mirins". Só
não percebo é porque representantes do Presidente da República
ou do Primeiro Ministro, dos Generais e das Misses de Portugal não
se insurgiram contra a campanha deixando o pesado fardo para o movimento
escutista (ou escotista). Será que afinal os personagens que ficaram
são os representantes dos verdadeiros parvos ? (NOTA: Que fique
claro que tenho o maior apreço pelo Movimento Escutista (ou Escotista),
pelos seus ideais e pela obra magnífica que tem realizado pelo
mundo em prol da paz e da boa relação entre os povos e que
não faço ideia de quem foi a pessoa que teve a infelicidade
de fazer tal reclamação.)
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